Cupins


  • Cupim de madeira seca 


Descrição: Soldados com 4 a 5 mm de comprimento, com cabeça fragmótica de coloração marrom escura a preta, mandíbulas esmagadoras, curtas e robustas. Pseudo-operários de coloração branca, creme ou amarelada. Alados pigmentados com asas hialinas (transparentes) e iridescentes. 


Biologia: As colônias são pequenas (chegando a pouco mais de 1000 individuos) e inseridas diretamente na fonte alimentar (madeira seca); são de desenvolvimento lento, podendo demorar 5 anos para tornar-se maduras (revoada), vivendo por mais de 10 anos. Os soldados pouco numerosos usam a cabeça para tapar a entrada da colônia. Os integrantes da colônia deixam pelotas fecais típicas em forma de pequenos grânulos (semelhante a areia grossa). Revoadas em interiores (presença de grande quantidade de asas e siriris mortos) e pelotas fecais escuras (pó de cupim) devido a oxidação, denotam infestações antigas.


 Importância / males: O gênero Cryptotermes tem distribuição mundial e é a mais importante praga entre os ditos cupins de madeira seca. Algumas espécies conseguem sobreviver em climas frios, pois vivem nas habitações com aquecimento. Ocorre nos centros urbanizados, sendo depois do C. gestroi, a segunda maior praga entre os cupins nas áreas urbanas. As fezes de formato granuloso (resíduo fecal) típico nos cupins de madeira seca, não devem ser confundidas com o pó fino, oriundo da atividade de espécies de besouros também xilófagos, chamados popularmente de “brocas”. Estes insetos infestam madeira seca de qualquer densidade e materiais celulósicos em geral, causando danos expressivos, mas não atacam as partes vivas das árvores.



  •  Cupim subterrâneo 


Descrição: Soldados com 5 mm, cabeça ovalada de cor amarelada com fontanela grande e arredondada; corpo claro quase branco; aparelhado com defesas mecânicas (mandíbulas desenvolvidas) e química (produção de substância pegajosa de cor leitosa). Operários cegos e de coloração esbranquiçada. Rainha fisogástica com aproximadamente 2 cm de comprimento e rei com aproximadamente 6 mm. 


Biologia: Espécie exótica, de hábito normalmente subterrâneo, introduzida no Brasil na década de 20. Podem forragear mais de 100 metros de distância do ninho principal. Possuem colônias com milhões de indivíduos; realizam caminhamentos típicos em forma de túnel. Madeiras ou locais infestados ficam recobertos com pequenas placas fecais (manchas) de coloração clara. Possuem ninhos primários e secundários (policasticos). Soldados e operários podem viver em condições laboratoriais por 3 anos. A rainha longeva pode colocar milhões de ovos durante toda a sua existência. Realizam revoadas nos meses mais quentes e úmidos do ano, normalmente ao entardecer, logo após a ocorrência das chuvas. 


Importância / males: Danificam materiais que contenham celulose (papel, papelão, forros e acabamentos de gesso, livros, etc.), madeiras de todas as densidades (telhados, armários embutidos, batentes e guarnições, rodapés, etc), arbustos, árvores e palmeiras vivas ou mortas. Causam danos diretos e indiretos a edificações, penetrando por frestas já existentes em estruturas (paredes, colunas, etc), conduítes elétricos (causando curto circuitos) e telefônicos, em blocos e tijolos, em caixoões perdidos, prumadas de água, vãos estruturais e poços de elevadores, para chegarem a fonte alimentar.